Às vezes me
pego parada pensado em coisas fúteis, são tão fúteis que me pego pensando como
vou morrer, qual será a “forma da minha morte”, como diria grande Raul: “Vou te
encontrar, vestida de cetim, pois em qualquer lugar, esperas só por. E do teu
beijo, provar o gosto estranho que eu temo e não desejo, mas tenho que
encontrar”
Bem,
normalmente isso acontece quando com algum sentimento ruim, mas calma, não sou
suicida. Apenas imagino como vou morrer, de forma natural, ou não.
Querem ouvir (ler)
umas delas? São historinhas engraçadas, com final trágico: MINHA MORTE.
PÓS GUERRA, PÓS AMOR
Noite
ainda escura, não são mais que 3 da manhã, mas existem mil motivos para ainda
querer ficar na rua. Essa rua tão aconchegante que intimida as dores de uma
alma sofrida e triste. Essa mulher, com aquela cara de “foda-se”, não passa de
mais uma rejeitada pelo amor, não encontra, não se encaixa e não resiste ao
mesmo tempo.
Sente
dor forte, dor no peito, daquelas que não sei se dá pra aguentar. E nesse carro
sozinha, para em um sinal, as 3 e 15 da manhã. Olhos em lágrimas, sua pior
crise desde que resolveu sair da casa dos pais. Dói mais forte a cada soluçar,
já não sente as pernas, nem mesmo os lábios e seu ultimo suspiro em uma buzina.
Aquela pequena convulsão não chama atenção de ninguém, pois eles dormem e você
para sempre. É o fim da dança.
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